Isto é sobre o sentir.
Sempre tive sede de sabedoria universal, sem sequer fazer ideia do que isso era ou onde seria aplicável, e sempre gostei muito de praticidade. Na escola, entusiasmada com a disciplina de filosofia tive uma verdadeira decepção de perceber que aquilo não me servia para nada. Estudar o que os outros pensavam era tão giro quanto aperfeiçoar uma nova lingua ou saber da história da humanidade. Nada disso me ensinada a pensar por mim mesmo e explorar sobre as leis subtis que regem a natureza humana e o universo.
As únicas disciplinas que eu adorava e era aluna de “5” eram educação física e matemática, e não fazia ideia porque a relação dessas duas. Temos aquele (pre) conceito que, ou somos seres intelectuais e o nosso corpo é uma forma de transportar o cérebro, ou somos seres físicos, e o cérebro esta lá para ajudar nas estratégias físicas e não usar muito porque o overthinking não estimula o movimento.
Não me encaixava em nenhum desses estereótipos. Entendo que aprendo empiricamente. As coisas tem que que fazer sentido, sem “como??” ou “porque??”. Só tinha a certeza que eu era uma pessoa “científica”. Se me falassem em palavras como ‘espirito’ ou ‘transcendente’ mandava-as logo para o espaço. Mas até o ‘ser científica’ era estereótipo. Eu sou é do sentir.
No dilema entre ir fazer o curso de desporto ou matemática, optei pelas matemáticas aplicadas. Achei eu que poderia fazer algo na área da investigação. A NASA tem uma equipa de matemáticos brilhantes… e eu sempre fui uma sonhadora realista.
Hoje é me tão claro esse caminho. Ainda bem que segui o coração (ufa) … ainda que nada na altura fizesse sentido. A minha paixão ainda é a mesma: sabedoria universal. Hoje é isso que gosto para mim e para os outros: desenvolvimento humano. Potenciar a inteligência, corporal e emocional, trabalhando consciência: a maior ferramenta de poder do ser humano.
Adoro conexão. Cada ser humano é um universo completo e inteligente. Não temos apenas um corpo para transportar o cérebro, mas também não somos um corpo apenas. Temos um corpo veiculo de evolução, e através dele ampliamos a sabedoria que somos, expressamos as nossas emoções e exibimo-nos ao mundo da beleza que somos. Sim, somos “só” físicos, mas isso é tão abundante quanto a (astro)física e ciência do espaço.
Chamem-lhe o que quiserem a isto que fazemos, mas não a limitem. Não existe código CAE das finanças, mas as novas profissões do mundo são essas mesmas: o que somos. A minha profissão sou EU. Mas não a limitem. Quando, me cumprimentam com um tímido “namaste” eu sorrio com um extrovertido “sou mais da filosofia do foda-se…” filosofia na prática, portanto.
Até há pouco tempo, os domínios da Ciência e do “unknown” permaneciam afastados, mas descobertas fascinantes proporcionaram uma perspetiva dos fenómenos relacionados com a consciência.
Deixemos fluir esta profunda transformação e que ela nos dê a capacidade de mudar radicalmente o nosso mundo interior e exterior. Percebemo-nos enquanto ser humanos com imenso poder, e proporcionar-mos a uma vida com mais consciência e alegria.
Viver seguindo o coração é pura sabedoria. O amor do coração não é uma emoção, é um estado de consciência inteligente.