Que a Primavera faça com os nossos corpos o mesmo que faz com as flores

Nos inicios nem sempre a perspectiva é a mais favorável, mesmo com as expectativas no banco dos suplentes.

Queremos tanto crescer, realizar sonhos, evoluir nos relacionamentos, fazer mais das coisas que fazem bem a alma e prematurizar futuros brilhantes.

Viciamo-nos nas histórias que queremos contar um dia.

E, de repente, nesta ansiedade de brilho faz-se luz nos instantes que trazem a simplicidade do belo. Pintar a vida com estas cores, azul céu e cinza clarinho.
O momento prevalece ao infinito, porque o infinito se faz deles, onde a vida se comunga, onde o caos convive com a tranquilidade fogosa. E nesse convívio íntimo podemos ser plenos.

Um ano pleno a todos.
21 Março 2023, 05:55h

Fluir, a nossa maior força

Quando a energia flui no corpo, a vida flui. É no fluir que encontramos a nossa maior força.

Sentir o corpo o centro metafórico do Universo, pois é dentro dele, e através dele que nos manifestamos. E o movimento, seja ele voluntário ou involuntário, como o do coração que se expande e contrai, são a sincronicidade do universo em nós que se manifesta como uma dança. A dança cósmica das estrelas em formato músculos ventriculares.

Aqueles que fluem como o Universo flui,
sabem que não precisam de nenhuma outra força.

Escrevo para conseguir ler-me depois

Hora: Uma manhã de Domingo Local: Na cama O ritual dos domingos morrinhentos é sagrado, quase como quem vai para missa no Domingo. Tem que se demorar a acordar, para balancear todos os minutos que não demos ao despertador em todos os outros dias da semana. Quando ficas aborrecido, ai sim, levantaste e preparas aquele banquete-piquenique nos lençóis. Mas nesse dia, ele contrariou a preguiça do domingo e fez-la numa linda segunda feira de folga. Foi-se à vida, que literalmente consiste em alapar-se naquela esplanada à beira mar e fazer o piquenique na mesa com tudo a que tem direito. O Universo tem uma lei qualquer, que agasalha os que mudam, se mudam e não se conformam, e desiste dos que se retraem. Digo uma ‘lei qualquer’ porque ainda não foi descoberta. Assim que for descoberta, dar-lhe-ão um nome. Até lá, baseio-me em observação e experimentação que nem um cientista da vida quântica. Quem não salta fora da inércia, ou da vontade de fazer sempre o mesmo, como o de fazer sempre o mesmo num domingo de manhã, o universo não dá presentes nenhum. Agora, contrarias uma disposição, e o universo enche-te de mimos. Quanto mais te expões mais te gracia.  Ninguém espera agarrar algo nas mãos de punho cerrado, certo? Ninguém espera receber um abraço de braços fechados certo? Tens que afastar primeiro os braços, expor o peito, para o poderes receber. Na vida é igual. Ele, inconscientemente, mas instintivamente, o fez. A esplanada estava cheia, para uma hora madrugadeira de domingo, reunindo os audazes de domingo, que fazem dele uma segunda-feira de trabalho em prol próprio, dedicada a reuniões e brainstormings internos. Aquela esplanada era como a reunião da empresa dos depravados para a vida. Era só pessoas felizes: primeira prenda do universo. Aquele tosta chegou à mesa, macia, mas estaladiça, perfeitamente tostada como um perfeito tom de pele, suavemente hidratada com manteiga. Fez água na boca de tanto deleite. O cheiro do café foi o êxtase, o corpo acordou de ereção, as células antecipavam a dose de cafeína que aí vinha. Era puro prazer dos sentidos olfato-gustativo: 2a prenda do universo. Aqueles momentos com ele mesmo, fizeram-no sentir tão completo, tão pleno. Normalmente precisava de sair de casa, para ter gente à volta, e a casa era o refúgio, mas nunca tinha percebido a imensidão boa da solidão. O estar só pode ser tão intimamente preenchido como um jantar de sábado à noite com amigos. Sentiu-se imensamente completo, como se aquele instante se bastasse, ele se bastasse, auto-suficiência genuína: 3a prenda do universo. Dia ganho, 5 pontos na caderneta do karma.

Sê plural como o Universo

“Sê plural como o Universo” Fernando Pessoa Nascemos, ganhamos uma vida, que nem video game. Inicia a contagem decrescente … Crescemos, ganhamos maturidade e perdemos a imoralidade do “sim a tudo”. Ganhamos moralidade e assimilamos cultura e educação. Perdemos o nosso mundo particular, disfarçamos a nossa autenticidade, e a magia do que somos. Crescemos mais um pouco, e ganhamos uma vida adulta independente. Perde-se a pureza e ingenuidade de uma meninice. Ganha-se um cônjuge e na “certeza” de uma aliança, ganha-se uma ilusão de um ‘para sempre’ e perde-se a tesão do ‘casar todos os dias’. Ganha-se a segurança de um emprego e o conforto de um salário. Perde-se o ideal, a tesão e visão de Mundos novos. Ganhamos “o que fazer?” e perdemos “os porquês???” Na complexidade das nossas atitudes tornamo-nos singulares. Quando envelhecemos a única coisa que ganhamos é idade! Deveríamos ser todos matemáticos: Simples, que nem a Natureza, e vivenciar a diversidade nessa simplicidade. Envelhecer e ganhar dias, horas … Ganhar Vidas, que nem video game!

Resiliência

Um aprendizado que vale muito é a nossa capacidade de nos repetirmos da natureza.

A Natureza é sempre resiliente e identificar-nos com esse aspecto da-nos a habilidade de contornar com sabedoria os obstáculos, padrões e comportamentos que já não nos servem. A resiliência confere-nos força e adaptabilidade.

A pura contemplação provoca silenciosamente uma profunda osmose e, com ela, a habilidade de nos repetirmos em momentos fenomenais, para uma vida fenomenal.

A uma vida fenomenal! Tchim-tchim!

Sonia  ∞♡

A minha religião é a natureza

É bonito ter crenças, acreditar em algo, seja ele (para nós) banal ou incrível.

Mas assim que atribuímos o nosso destino a crenças, não nos comprometemos, pois se não nos compete, não nos responsabiliza.

Se observarmos atentos a natureza percebemos como lidar com nossos instintos, pois nada Nela prescreve dogmas, nem crenças codificadas, e nem livros sagrados. Mas as instruções estão lá prescritas: contemplando a lua, o sol, as estrelas, os voos dos pássaros, o retorno cíclico das estações, o balançar das folhas com o vento, o lento crescer das árvores.

[ilustração de Muhammed Salah]

O comportamento matriarcal naturalmente afasta qualquer forma definida e estática de espiritualidade. O caminho é uma experiência de auto-descoberta empírica e intuitiva. Nesse caminho não existem regras, não se trata de certo ou errado, existe apenas aprendizado. Nada do que se pode fazer liberta, nada do que se evita fazer liberta. Nós nascemos livres, nós já somos livres. Só temos que nos reconhecer e actuar na liberdade.

Essência

Felicidade. Não existe pílula magica. 
Existe uma jornada de auto-conhecimento que, aos poucos, permite aflorar a expressão única do que somos e descobrirmos de que somos feitos. Isso, para mim, hoje, é felicidade no seu estado mais puro.

Adoro pulseiras, cada uma tem uma história… um sitio que visitei, uma pessoa… e muito do que sou.
.
🌳a minha conexão com a terra, as minhas raízes e os fundamentos da minha existência. Como coexisto com o planeta, como simbioticamente contribuo, mas também como conto com ele para me alimentar: o que como, o que bebo e o que respiro
.
🌊o mar, H2O na sua forma mais bela e poderosa
.
🎼 a música, o rock, e quase tudo que saia de uma pauta, que alimenta e embala a ordem natural de todas as coisas vivas: o movimento e a dança
.
🌠✨e asas, a liberdade (de ser-se o que é) e de saber que se pode voar, sem asas nas costas, mas com um corpo forte e uma mente leve.

2018: 5 anos em um

“Embora quem quase morre ainda vive, quem quase vive já morreu.” – Sarah Westphal

Quantas vezes não te lembras nada do teu dia? Quantas vezes voltas pra casa e não te lembras do caminho? Quando entramos no “automático” o cérebro praticamente não registra nada.

Existe falta de vida quando estamos no modo automático. É uma vida mais ou menos. Vida mais ou menos não é vida. 

Estes últimos 365 dias foram cinco anos de vida (pelo menos). Acrescentei vida aos meus dias. Permiti-me. Fui ainda mais audaz. Aprendi que o desconforto é o meu melhor professor. 

Escolhi esta foto porque ela diz-me tanto. Algo novo que enfrentei, e que me causava (ainda causa) imenso desconforto de stresses passados, mas envolvida do mar que amo, e imersa na conexão com os elementos, dos quais não me desprendo. A nossa essência é tudo.

Quero mais disto. Desejo-me auto-conhecimento para entender os meus limites, e auto-suficiência para ser mais daquilo que sou. 

WhatsApp chat