A minha vida é contribuição. Não faz sentido separar a minha vida do meu trabalho. Claro que tenho caixinhas, a caixinha da vida pessoal, dos amores, da familia, dos amigos, do trabalho, dos projectos para realizar. Todas as caixinhas se nutrem dos mesmos valores, e todas elas se estruturam na minha verdade.
Mesmo quando não somos professores estamos sempre a ensinar.
O exemplo é uma arma poderosíssima. A própria guerra só existe porque alguém a viu fazer antes. Ou será que alguém inventou a guerra? Com certeza, alguém ou alguns, em tempos diferentes da historia da humanidade, tiverem um glimpse, uma ideia, uma inspiração. Com certeza o exemplo se propaga muito mais veloz que o ensinamento de um livro, o sabor de uma história ou a sabedoria do inconsciente colectivo.
Um dos privilégios do ser humano é a escolha. O poder da ação, seja na densidade de actuar, seja na subtileza da mudança de atitude. Transformar o mundo com o que nós somos, colocando a nossa verdade lá fora, sendo quem realmente somos, sem mochilas metafóricas, sem máscaras disfarçadas. Isso é um privilegio, pois nele reside também o nosso maior legado.
A nossa vivência é uma inspiração. Um ponto de partida para outros seres, que tal como nós, aguardam convites e sinais, para se colocarem em sintonia com o o universo, naquele que é das leis naturais mais fantásticas: tudo esta em constante movimento. A inspiração é o impulso que precede o movimento.
Somos inspiração, mesmo sem dar conta. Ao atuar em coerência somos tal qual a chama de uma vela que pode dar luz a tantas outras, infinitamente. Ter esse poder e ser essa responsabilidade, não sobre os outros mas a responsabilidade de sermos reais, frágeis, e poderosos, enfim, sermos humanos.
Com amor
Sonia
Coreografando a vida
As sequências coreográficas constituem uma das principais características do DeROSE Method. Trata-se do resgate de uma técnica primitiva, a passagem de técnica em técnica, sem repetição, lembrando-nos uma dança.
Não nos limitamos a conquistar a técnica, mas a forma como a improvisamos, como a elaboramos, explorando formas, possibilidades e sobretudo intuindo para que se torne genuíno. Isto tudo na coreografia, e na vida.
Quando nos questionam sobre as nossas conquistas, em forma de relato de curriculum vitae ao contexto imediato, podemos enumerar tudo.
Mas como objectivar ‘como’ o fizemos para chegar até lá? Como crescemos para conquistar aquilo? Como fizemos a transição de uma profissão para outra? Como nos adaptamos quando mudamos de país? Como transmutamos uma relação e a sublimamos? Isso não vem no estado civil.
As passagens da vida, são silenciosas, não se registam de nenhuma forma que não seja intimamente no nosso ser. Porém, são elas que tornam a vida incrível. São essas mesmas passagens, perigosas, arriscadas, e onde nos perdemos, que tornam a vida magica.
Olhar e cuidar da nossa movimentação torna-se tão urgente quanto saber saborear o caminho sem pressa precoce da meta.
Da próxima vez que tiveres à tua frente alguém fenomenal não questiones o que ela faz. Deslumbra-te com o ser que tens à frente, desnuda-o na descoberta da sua alquimia para se ter transformado naquilo que é.
SAVE YOUR EXISTENCE!
A minha religião é a natureza
É bonito ter crenças, acreditar em algo, seja ele (para nós) banal ou incrível.
Mas assim que atribuímos o nosso destino a crenças, não nos comprometemos, pois se não nos compete, não nos responsabiliza.
Se observarmos atentos a natureza percebemos como lidar com nossos instintos, pois nada Nela prescreve dogmas, nem crenças codificadas, e nem livros sagrados. Mas as instruções estão lá prescritas: contemplando a lua, o sol, as estrelas, os voos dos pássaros, o retorno cíclico das estações, o balançar das folhas com o vento, o lento crescer das árvores.

[ilustração de Muhammed Salah]
O comportamento matriarcal naturalmente afasta qualquer forma definida e estática de espiritualidade. O caminho é uma experiência de auto-descoberta empírica e intuitiva. Nesse caminho não existem regras, não se trata de certo ou errado, existe apenas aprendizado. Nada do que se pode fazer liberta, nada do que se evita fazer liberta. Nós nascemos livres, nós já somos livres. Só temos que nos reconhecer e actuar na liberdade.
Não à igualdade de géneros
Vivemos numa sociedade machista, em vias de ser corrompida pelo femismo. Numa luta desmedida pela igualdade acabamos com a excentricidade de sermos tão diferentes, homens e mulheres.
Até alcançarmos o estágio evolutivo em que nos identificamos com a nossa essência, dissolvendo a nossa personalidade, convivemos connosco enquanto matéria do universo, e não como consciência pura. Até lá acredito que temos que comungar com a dualidade. Temos o Sol e a Lua, os protões e os electrões, temos o aspecto feminino e o aspecto masculino.
E essa tensão é necessária, vital, para que a vida aconteça, não necessariamente no aspecto genético da criação, mas no sentido evolutivo e de co-criação.
Um homem nunca é tão viril até ao momento que integra o seu feminino: Torna-se felino, intuitivo e incitador.
Uma mulher nunca é tão mulher até integrar o seu masculino: Ela se torna livre, vibrante, mágica e apaixonada.
Diane Bellego
Estamos aqui para nos manifestarmos [conviver com os opostos, fora e, sobretudo, dentro de nós] e muito mais do que ter química, é ser alquimia.
Os nossos ciclos
Este é um resumo de uma parte da minha história enquanto Mulher. Se ela inspirar uma Mulher que seja apenas já valeu a pena a partilha.
Recordo-me dos tempos em que a menstruação era algo horrível, uma espécie de buraco negro que acontecia na minha vida. Os dias do período eram os dias ‘vida em standby’, dias de ficar em casa, sem ir na escola, com dores horríveis, que nenhum analgésico aliviava, com um fluxo que achava que era dessa que eu ia morrer de tanto sangrar. Enfim, sair de casa, era por si só, uma aventura radical.
A minha médica ginecológica prescreveu-me a pílula com apenas 17 anos, mas nem por isso aliviou os sintomas, nem as dores e nem o fluxo. Só sinto que entrei em modo adormecido.
Depois de engravidar, aos 25 anos, senti a responsabilidade de ter mais poder sobre mim e, intuitivamente, optei por não tomar mais a pílula nem usar contraceptivos hormonais. Senti que precisava mergulhar mais em mim, e viver intensamente. [Não é à toa que nesse processo intuitivo também descobri o DeROSE Method]. A liberdade de não tomar a pílula e não viver em artifícios hormonais deu-me responsabilidade para procurar ajuda de especialistas desde ginecologistas, endocrinologistas, gastroenterologistas, nutricionistas, naturopatas, etc… Menorragia, endometriose e uma feroz anemia eram afinal os meus compinchas de herança genética. A solução de todos era a mesma: tomar a pílula e fazer uma histerectomia. Nenhum dos especialistas me ‘curou’, mas todos fizeram parte do processo, e com cada um aprendi algo novo. Mas, eu sou mais teimosa que a minha anemia… e fiz-me à [minha] vida.
Tomei as rédea. Estudei, pesquisei, li, filtrei, assimilei o que me interessava … enfim, interessei-me por mim, como nunca. Não encontrei soluções imediatas, mas fiz um mergulho tão profundo em mim, em me conhecer melhor, que valeu tudo a pena. Comecei a nutrir-me melhor, em alimentos, em emoções, a ouvir-me mais, enfim, a cuidar de mim. Foi um processo longo de mudança de hábitos, não imediatista… mas profundamente transformador. Quem me conhece sabe. Quem não me conhece diz que fui e sou muito radical! Bem, eu adoro ser radical, e então com o quero ainda mais! Sou teimosa com hábitos que me acrescentam e radical com os que me reduzem.
Acredito que não existe formula mágica. Existe a ‘nossa’ formula e essa só nós podemos saber, experienciando, errando e aprendendo. Com o meu processo (alimentação, suplementação, lifestyle, propósito de vida e prioridades) deixei de ter dores, cólicas, TPM, o fluxo reduziu, o meu ciclo é afinadíssimo com a lua. Sinto-me em sintonia com a natureza, sei quando estou a ovular, quando estou no período fértil, e amo estar menstruada.
Como algo tão exponencialmente infinito e sábio como o é o Universo pode estar tão apaixonadamente ligado com algo tão íntimo como é um ciclo de uma Mulher?
O melhor conhecimento é a sabedoria do que somos. É um processo maravilhoso. Temos que nos desapegar de crenças, de cultura, de pessoas… mas vale a pena o investimento! Somos a pessoa mais importante da nossa vida.
Honro a minha menstruação pois ela vem carregada de momentos de serenidade e introspecção. É a altura do mês em que me sinto mais introspectiva, intuitiva, sensível, vulnerável e em total sintonia com a minha sabedoria interior.
A relação que vim a construir com o meu corpo, com a minha sexualidade e com o meu ciclo menstrual demonstrou-me como o meu ciclo é imensamente bonito e carregado de sabedoria.
Acima de tudo entreguei-me ao processo. Quanto mais nos entregamos genuinamente ao processo, mais nos sintonizamos com a natureza e com a nossa natureza, porque nós somos a natureza. Amo a lua e as suas fases, amo o mar e as suas marés, amo as estações e as suas oscilações, amo a minha sintonia com isso tudo e toda a vulnerabilidade que isso traz, porque nessa vulnerabilidade encontro a força e o poder do imenso Universo do que sou. Para mim isso é sabedoria e é lindo.
Mulheres, confiem na vossa intuição, sejam que nem as lobas que são umas para as outras e juntas honram a lua (a sua lua). O leão pode ser o rei da selva, mas nunca vi um lobo no circo.
Sonia [powered by nature]
Essência
Felicidade. Não existe pílula magica.
Existe uma jornada de auto-conhecimento que, aos poucos, permite aflorar a expressão única do que somos e descobrirmos de que somos feitos. Isso, para mim, hoje, é felicidade no seu estado mais puro.
Adoro pulseiras, cada uma tem uma história… um sitio que visitei, uma pessoa… e muito do que sou.
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🌳a minha conexão com a terra, as minhas raízes e os fundamentos da minha existência. Como coexisto com o planeta, como simbioticamente contribuo, mas também como conto com ele para me alimentar: o que como, o que bebo e o que respiro
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🌊o mar, H2O na sua forma mais bela e poderosa
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🎼 a música, o rock, e quase tudo que saia de uma pauta, que alimenta e embala a ordem natural de todas as coisas vivas: o movimento e a dança
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🌠✨e asas, a liberdade (de ser-se o que é) e de saber que se pode voar, sem asas nas costas, mas com um corpo forte e uma mente leve.
Attention all menstruating humans

These include woman menstruating, woman who don’t (but know a woman who does), and men who love their woman menstruating.
Finally people are talking loud about this. “Menstrual cups safe, effective and could help fight period poverty, says scientific review…” Read all the article here.
More than just a product. It’s comfortable, convenient, reliable, money-saver, gentle, top-eco friendly and could help address period poverty and menstrual hygiene issues in low and middle countries.