Se for para ser seja de verdade

Uma das normas éticas do yôga é Satya*, a verdade.

Verdade na comunicação para e com o mundo, mas sobretudo a verdade interna. A verdade interna é a nossa verdade, o que somos na essência, e a forma como manifestamos a nossa essência ao mundo, pela coerência com os pensamentos e as emoções.

A nossa essência só nos é revelada quando descobrimo-nos e entregamo-nos ao caminho do auto conhecimento.

Enquanto não temos a segurança e firmeza da nossa verdade, acataremos as verdades dos outros. Vivemos uma vida que não é nossa. Tal qual uma prisão, enjaulados em corpos que seguram pensamentos, ideias e emoções que não são nossos. 

O caminho da verdade é o do auto-conhecimento.

* O yôgin não deve fazer uso da inverdade, seja ela na forma de mentira, seja na forma de equívoco ou distorção na interpretação de um fato, seja na de omissão perante uma dessas duas circunstâncias.

Conseqüentemente, ouvir boatos e deixar que sejam divulgados é tão grave quanto passá-los adiante.
O boato mais grave é aquele que foi gerado com boa-fé, por falta de atenção à fidelidade do fato comentado, já que uma inverdade dita sem más intenções, tem mais credibilidade.
Emitir comentários sem o respaldo da verdade, sobre fatos ou pessoas, expressa inobservância à norma ética.
Praticar ou transmitir uma versão inautêntica de Yôga constitui exercício da inverdade.
Exercer o ofício de instrutor de Yôga sem ter formação específica, sem habilitação mediante avaliação de autoridade competente ou sem a autorização do seu Mestre, constitui ato ilegítimo.

Preceito moderador:
A observância de satya não deve induzir à falta de tato ou de caridade, sob o pretexto de ter que dizer sempre a verdade. Há muitas formas de expressar a verdade. 

Elaborado pelo Mestre DeRose inspirado no Yôga Sútra de Pátañjali.

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