Nós não acreditamos em bruxas, mas que elas existem, existem.
Há as que lêem as palmas das mãos e as que nos dão a mão, abraçam-nos e cobrem-nos de beijos.
Há as que nos dão silêncio quando sentem que tudo que exista para além da presença é excesso.
Há as que nos fazem comida que sentem que o coração quer ser da digestão.
Há as que nos olham a alma, sentem, e sabem sobre a imensidão de humanidade que nos habita.
Há as que trazem pedras da montanha e conchas do mar, porque sentem que elas carregam a energia desses lugares.
Há as que vestem-se de preto, de arco-iris, maquilham os olhos de “dark gothic queen” e põe flores nos cabelos, como bem lhes apetece e sentem.
Há as que são mães de filhos, mães de projectos, tutoras de animais e de plantas. Com todas elas tudo cresce, tudo se nutre, tudo se desenvolve, tudo se eleva, tudo se exponencia. São a potência simbiótica.
Há as que conversam com a lua, escrevem-lhe cartas, manifestam sob o seu luar, e regem-se pelo tempo dos seus ciclos.
Há as que pedem sinais ao universo, as que rezam, as que fazem pújá, as que são pújá, e confessam-se feitas de desejos, tal estrela cadente.
Sentem muito. Sentem tudo. Sentem as pessoas, os ambientes, sentem o corpo, da pele às entranhas. Amam sentir, sejam as dores, as alegrias, os orgasmos, tudo. Sabem que essa é a única linguagem que precisam.
Reconhecem-se. Quando se cruzam sorriem uma para a outra.
Declaram que conexão e união são a melhor alquimia, e sabem, sobretudo, que elas são ‘A MAGIA’.
Eu sinto a natureza e a natureza sente-me.
Feliz Outono.