Liberdade. Palavra bonita.

Quando era criança liberdade era andar na rua todo o dia a correr, andar de bicicleta, ir para o mar, brincar nas ondas…

Quando era adolescente liberdade era ter a minha independência, a minha casa, o meu trabalho, o meu dinheiro…

Depois acho que me perdi na liberdade enquanto a procurava, enquanto tentava ter uma vida normal, ou seja lá o que isso quer dizer. A liberdade sempre esteve presente nos meus conceitos existenciais, nos meus valores, nos discursos, nas vontades, nos trabalhos que escolhi, nas relações que procurava…

Mas hoje sinto que pouco ou nada sei sobre o que é ser livre. Mas sei que é só isso que quero. Ser livre. E por isso tenho esse poema escrito no meu altar. ‘Estou viva. Sou livre’. Só para não me esquecer….

Do pouco que sei hoje sobre liberdade, sei que

não preciso ir a nenhum lado para ser livre, não preciso fazer nada para ser livre, não preciso ser mais nada para ser livre.

[Ordem, respeito, amor, responsabilidade e estrutura interna, é tudo o que preciso para ser livre.]

Do pouco que sei hoje, sinto que ser livre é voltar para mim. Nesse lugar, de liberdade interna, eu posso me prender a tudo e a todos.

E nesse lugar não prendo nada, nem ninguém, porque nem os meus cabelos sequer eu consigo prender…

Com amor em liberdade,

Sonia